quinta-feira, 31 de março de 2011

Rio Uruguai recebe 1.500 peixes nativos dia 30 de março

     Os consórcios Machadinho e Itá e a Tractebel Energia, em parceria com o LAPAD (Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce da UFSC) realizaram, no dia 30 de março (quarta-feira), a soltura de 1.500 peixes de três espécies nativas da bacia do Rio Uruguai – mil piavas (Leporinus obtusidens), 200 dourados (Salminus brasiliensis) e 300 suruvis (Steindachneridion scriptum). Esta é mais uma ação ambiental do Consórcio Itá, formado pela Tractebel Energia, Compania Siderúrgica Nacional - CSN e Cimento Itambé; e do Consórcio Machadinho, formado pelas empresas Companhia Brasileira de Alumínio, Votorantim Cimentos, Alcoa Alumínio,  Tractebel Energia, VALE, Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica, Camargo Correa Cimentos e Departamento Municipal de Eletricidade, empreendedores das hidrelétricas Itá e Machadinho, ambas situadas na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.
     A soltura dos peixes juvenis,  entre 25 e 30cm de comprimento, foi realizada no Dique 1 da Usina Hidrelétrica Machadinho, do lado do Rio Grande do Sul. A solenidade  iniciou-se às 9h30, no Centro de Informações Turísticas de Piratuba (SC), quando onde foi apresentado o projeto Pesquisa para Manutenção e Repovoamento do Estoque Pesqueiro, com a participação de representantes dos dois consórcios e da Tractebel Energia, autoridades municipais, integrantes do LAPAD, imprens local falada e escrita, alunos e representantes das comunidades lindeiras.
     Este trabalho, segundo o gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri, contribui não apenas para a preservação destas espécies que estão sendo soltas, mas de muitas outras. A piava, por exemplo, atualmente é uma espécie difícil de ser encontrada na região do Alto Uruguai. “As diversas interferências antrópicas foram as responsáveis pelo desaparecimento desta espécie e de outras. Hoje, a piava é encontrada, principalmente, na região do Médio Uruguai”, explica o coordenador do LAPAD, professor Evoy Zaniboni Filho, acrescentando que o dourado e o suruvi ainda são encontrados na região do Alto Uruguai, mas tem sido verificado, nos últimos anos, uma redução dos estoques.
     Diferente das outras duas solturas – 2004 e 2007 -, os peixes serão marcados com uma técnica especial. “É possível identificá-los por meio de uma marca localizada no esqueleto e, para isso, é necessária uma análise de laboratório dos ossos das cabeças de cada exemplar”, complementa o professor. É importante, segundo ele, que a cabeça dos peixes capturados sejam guardadas no freezer ou no congelador da geladeira. Depois é fazer um contato pelo fone 0800.6440026, para que as cabeças sejam recolhidas e enviadas para análise. “Quem colaborar ganhará um brinde especial a cada peixe capturado. Mas o mais importante é que estará contribuindo para o acompanhamento e a avaliação do sucesso do repovoamento das espécies”, afirma Magri.
     O professor Evoy complementa ainda que em virtude da dificuldade em migrar para se reproduzir, é feita em laboratório a indução à desova e fertilização in vitro dos peixes. “Por meio de estudos e pesquisas são identificadas as características genéticas da população de peixes, o tamanho adequado e o melhor período para soltura. Feito isso, os peixes são devolvidos ao seu habitat, promovendo a preservação das espécies”, finaliza o professor Evoy.
     Esta não é a primeira vez que o trabalho realizado no LAPAD devolve os peixes ao seu habitat. Em maio de 2004, cerca de 3 mil piracanjubas foram soltas no reservatório da Usina Hidrelétrica Itá, iniciando o processo de repovoamento dessa espécie. Já em 2007, 6 mil dourados e grumatões ganharam as águas do Rio Pelotas e do reservatório da Usina Hidrelétrica Machadinho.
 
Abaixo, as fotos do evento:

Entrevistando o Sr. Duílio de Figueiredo, gerente geral do Consórcio Machadinho

 coletiva de imprensa
 Diretor da Tractebel Energia,   José Lourival Magri
Diretor Consórcio Itá
Sr. Duílio
Prefeito de Maximiliano de Almeida, Sr. Avilson Lazarin
 Prefeito de Mariano Moro, Sr. Ivan Divensi
Prefeito de Piratuba, Sr. Adélio Spanholi
Prof. Evoy Zaniboni Filho, da UFSC




















quinta-feira, 3 de março de 2011

EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO: MEMORÁVEL TREM DE FERRO, O FILME

ATUALIZAÇÃO: FOTOS DO EVENTO


                 Aproximadamente 250 pessoas prestigiaram a exibição do documentário MEMORÁVEL TREM DE FERRO. Foram arrecadados R$ 60,50 em dinheiro e 174 kg de alimentos, todos já encaminhados à Pastoral da criança. 
                                  Agradecemos a participação de todos. Abaixo, algumas imagens do evento:













MEMORÁVEL TREM DE FERRO - 100 anos de história da ferrovia São Paulo-Rio Grande


                    Neste dia 17/03/2011, quinta-feira,  a Rádio Inhandava FM promoverá a exibição do documentário MEMORÁVEL TREM DE FERRO, na Casa de Cultura Avelino Benin, em Maximiliano de Almeida-RS, a partir das 20 horas. O evento será beneficente à Pastoral da Criança aqui de nossa cidade. O valor do ingresso será um quilo de alimento não perecível, ou uma quantia simbólica en dinheiro, que serão revertidos à Pastoral da Criança. Contamos com a participação de toda a comunidade maximilianense.

                    Abaixo, um pouco da história do filme, dirigido pelo cineasta Ernoy Mattiello.


    
                       Depois de virar peça de museu, ser vista apenas como uma romântica lembrança do passado ferroviário, a majestosa Maria Fumaça retorna após cem anos para uma viagem memorável e à pleno vapor. No itinerário, depois da partida triunfal na velha Santa Maria da Boca do Monte (RS), a composição passa por Marcelino Ramos (RS), fazer embarque na estação Rio do Peixe em Piratuba (SC) e finalmente alcançar Itararé, (SP). O mais interessante é que para percorrer os exatos 1403 quilômetros de estrada, a locomotiva leva menos de uma hora.

                     Para fazer deste sonho, uma realidade, entra em cena Memorável Trem de Ferro: Documentário produzido para celebrar o centenário da Ferrovia São Paulo - Rio Grande, com estréia nacional em Fevereiro. A obra cinematográfica promete uma verdadeira viagem no tempo.
                     O filme que começou a ser rodado em Setembro de 2010, será exibido em sessões abertas nas salas dos cineclubes brasileiros além das exibições nas tv´s educativas, universitárias e legislativas em todo o país.
                  Uma produção no estilo aventura, que começou em Itararé, SP, cidade onde a ferrovia parte de um entroncamento com a Sorocabana. No estado paranaense a equipe gravou em Sengés, Jaguariaíva, Palmeira e União da Vitória. Já em SC, os cineastas tiveram locações em Matos Costa, Calmon, Caçador, Rio das Antas, Pinheiro Preto, Herval d´Oeste, Irani e Piratuba. No Rio Grande do Sul as locações foram em Marcelino Ramos, Passo Fundo, Santa Bárbara do Sul, Montenegro, Salvador do Sul e a bela Santa Maria.
                  Cenas como as velhas colônias gaúchas, até então desconhecidas do cinema, a ponte férrea que transpões o rio Uruguai, ligando gaúchos e catarinenses, além de uma viagem centenária entre Piratuba (SC) e Marcelino Ramos (RS), à bordo de uma locomotiva Ten Wheeler de 1922, e o cenário do assalto ao trem pagador em Pinheiro Preto (SC), são algumas das principais emoções desse filme.
                     São cem anos de uma história que se passa em quatro estados do país, contada em 18 entrevistas. Depoimentos de historiadores com titulação de doutores no assunto, além de ferroviários aposentados e até mesmo colonizadores da região do Contestado. Cada um ao seu jeito contribuiu para a construção dessa teia fragmentada, que agora é um filme.
A construção cinematográfica é bem sedimentada: São emoções como as do aposentado Divanzir Rodrigues, ferroviário que chorou ao ver partir o último trem da estação de Itararé, que aguçam nossa sensibilidade.
                    O filme rodado em película digital, serve-se do que há de mais moderno em câmeras e softwares de última geração. Um documentário com trilha musical cuja sonoridade é capaz de causar inexplicáveis sensações. Mas segundo os autores muito além da excelência profissional, e investimentos financeiros de ato impacto, nada justificaria tamanha devoção para transformar em filme o pedido de um avô, se não pela memorável história de uma ferrovia centenária, feita de suor, sangue e lágrimas.

                    A produção orçada em mais de 200 mil reais, tem como principais patrocinadores a Prefeitura de Piratuba, Secretaria de Turismo de Piratuba – SC,ABPF – Associação Brasileira de reservação Ferroviária, Faculdade Fafit, Hotel Kirt, além de várias outras empresas privadas.